Natal de 2010. Caos Aéreo. 5 longas horas esperando o voo (sem acento) da minha prima chegar. Eu, acompanhada de meus pais e minha irmã caçula, já não aguentava mais a demora. Com um vestido longo comprado diretamente no Brás, e estreiando naquele exato momento, estava arrasando. Avistei o voo no horizonte, todos exaustos ansiosos. Pra variar, não poderia deixar em branco, tive que levantar minhas 2 mãos, para aplaudir o voo tão esperado, assoviar e grita; uhuul, enfim chegou! Nessa hora, minha mãe evapou-se para o banheiro, minha irmã então, deveria ter cavado um buraco, porém meu papi ficou ali, só visualisando a cena haha. Eu, firme e forte no meu protesto. Enquanto minha família havia desaparecido, todos (do aeroporto, isso mesmo TODOS) aproveitaram meu entusiasmos para aplaudir, assoviar e gritar. Não sou barraqueira, mas enfim... Meu pai há tempos não via minha prima e queria reconhecê-la na hora da saída do avião. Muito sincera brincalhona, falei alto pra variar:
- Pai, quando você ver uma loira, alta, de saltão parecendo um traveco, é ela.
Após receber minha prima e saber o que havia acontecido (o óbvio néh), fomos para o carro. No caminho, percebi uma coisa... uma coisa... nada agradável. Meu vestido havia descosturado na base do seio, deixando a ‘poupinha’ de fora. Claro que não percebi na hora, e ainda por cima fiquei com os braços erguidos, aplaudindo... assoviando... Ai meu Deus. Que vexame. Um dia depois, num famoso pagode da cidade, estou dançando, quando chega um gato:
- Ei, conheço você.
- Aé, de onde?
- Não era você que estava ontem no aeroporto esperando a prima, assoviando, gritando e esperando uma prima que parecia traveco?
- Essa minha prima? (apontando pra ela claro)
- Nossa, mas ela não parece um traveco.
Nesse momento, ouvi um berro agudo e vi 2 mãos firmes vindo na direção do meu pescoço...
Melhor ser dedurada pra minha prima do que por ter pagado peitinho.